quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Trinta e Quatro Anos Depois

Por designação superior,
Certo dia, num passado distante
Pisei pela primeira vez neste lugar,
Tendo na incerteza – uma constante
Mas o coração me pressionava a CONFIAR

Ao pisar esta terra abençoada
Encontrei um estranho a me esperar.
Era o delegado regional desta cidade
Também meu colega de função,
Pessoa de todos conhecida
Seu nome: Jaimilton Gusmão.

Esse estranho hoje meu amigo
Preocupado com o meu bem-estar
Hospedou-me no Hotel Livramento
Que passou a ser meu provisório lar

Como forasteiro em terra estranha
Sem parente para me aconchegar
Tive momento de desengano
A missão, todavia, me impunha PERSEVERAR

O tempo foi passando de mansinho
E às vezes eu me perguntava:
O que estou fazendo nesta cidade
Distante de Salvador, meu primeiro lar?

A consciência, contudo, redargüia:
- Esse é seu desiderato, não pense em retornar.
O homem público não tem vontade própria,
Ele vai aonde lhe mandar.

Aqui estou trinta e quatro anos depois,
Alegre e mui contente,
Pois de simples forasteiro
Tornei-me CIDADÃO CONQUISTENSE!

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