sexta-feira, 12 de junho de 2009

AS TRÊS PENEIRAS

As três Peneiras

Numa pequena casa do bairro, um homem cuidava da sua horta no fundo
do quintal.
Enquanto o filho ia para a escola, ele, todos os dias, com o mesmo carinho, se dedicava aos canteiros de couve, alface e outras verduras lindas e verdinhas.
Chega o filho da escola, troca seu uniforme, pega o balde e corre em direção à horta, gritando eufórico, avisando de sua chegada.
O pai fica contente de ver o filho se aproximando com o balde, não só pelo fato da grande ajuda que lhe dá, mas também pela oportunidade de poder conversar. Entre uma conversa e outra o filho lhe conta sobre os fatos na escola.
- Pai, o senhor não sabe o que me contaram sobre o Chiquinho...
- Espere um pouco, o que você vai me contar já passou pelas três peneiras de que lhe falei na semana passada? - interrompe o pai.
- Bem, não tenho muita certeza - diz o garoto, um pouco embaraçado.
- Vamos à primeira: a peneira da verdade. Você tem certeza de que o fato éabsolutamente verdadeiro?
- Não sei, só sei o que me contaram.
- Então, se não tem certeza, sua história já vazou pelos furos da primeira peneira.
- Vejamos a segunda: a peneira da bondade. É alguma coisa que você gostaria que os outros dissessem a seu respeito?
-Claro que não!
- A História acaba de escoar pela segunda.
- Vamos à terceira: a peneira da necessidade. Você acha que é mesmo necessário passar adiante essa histó­ria sobre o Chiquinho?
- Não, papai. O Senhor tem razão. Eu não imaginava que passando pelas três peneiras não ia sobrar nada dessa história. Com a sua ajuda, vou procu­rar não me esquecer mais disso quando falar de outras pessoas.

NOTA: você já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas três peneiras para filtrar as histórias, geralmente maldosas, que são passadas adiante?

COMENTÁRIO:

Caro leitor, essa história, apesar de conhecida é muito interessante, porque nos leva a uma reflexão, tanto na criação dos filhos, como no tocante ao nosso próprio proceder, visto que, muitas vezes, as pessoas desavisadas recebem uma informação envolvendo nomes de outras, a qual não tem supedâneo na verdade, constituindo-se, portanto, numa mentira, cuja divulgação indevida, pode abalar o conceito da pessoa que foi objeto da falsa informação, que outra cousa não é, senão, uma difamação, que se constitui num delito penal.
Como é dificil desfazer ou amordaçar um boato que já viaja de boca em boca a 100Kms por segundo passado algum tempo.
Convêm pois observar-se, antes de sua divulgação, o seguinte:
1 - se ele é verdadeiro;
2 - se há necessidade de sua divulgação;
3 - e ainda, usando-se de bondade para com a pessoa atingida, deve ser perquirido de si para si, se a informação que lhe foi passada se trata de alguma coisa que a pessoa que a ouviu de outrem gostaria que os outros dissessem a seu respeito?
Desejo a todos um bom final de semana na presença do Senhor Jesus.

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